A regulamentação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para propaganda na internet nas eleições deste ano não menciona o Orkut, o site de relacionamentos criado em 2004 e ligado ao Google.
Afinal, os candidatos a prefeito e vereador podem ou não manter seus perfis pessoais no Orkut?
“Não há nenhuma orientação sobre isso”, responde José Carlos Colhado, chefe do cartório da 23ª Zona Eleitoral.
Os interessados precisam encaminhar uma consulta ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para saber se os perfis na rede virtual de relacionamentos podem causar algum problema.
Baseado numa consulta desse tipo, feita na última eleição por um candidato de outra cidade, Rodrigo Agostinho (PMDB) afirma que o perfil no Orkut é permitido – desde que não inclua propaganda eleitoral.
Rodrigo tem, no total, três perfis no site de relacionamentos. Como cada perfil só tem espaço para mil amigos, precisou criar os demais para abrigar todas as suas amizades virtuais.
Somados, os perfis dele reúnem mais de dez mil recados. Rodrigo mantém o hábito de parabenizar os amigos virtuais nos dias de aniversário.
“Vou manter o Orkut, a não ser que a Justiça Eleitoral decida que não pode ficar no ar”, diz o pré-candidato a prefeito de Bauru
Mas o secretário do Meio Ambiente garante não ter a intenção de usar o Orkut para conseguir votos. Como fez em 2006 (quando concorreu ao cargo de deputado federal), pretende criar um site específico para sua campanha eleitoral.
O Orkut, segundo ele, será mais utilizado como agenda de contatos.
O vice-prefeito Renato Purini (PMDB), que deve disputar a eleição para vereador, criou seu perfil há um mês. Mas ele garante que a entrada na rede virtual não tem relação com a campanha política.
“Fiz para os amigos”, afirma. Purini gosta de reencontrar pessoas e até mesmo de conhecer gente nova pela internet. Para a campanha, ele segue os passos de Rodrigo: deve criar um site próprio.
O atual vice-prefeito admite, entretanto, que o Orkut facilita (e muito) os contatos com as pessoas. Conta que muita gente adiciona o seu perfil. “É bastante positivo, pois estreita as ligações”, revela.
Outro novato no Orkut é Paulo Canalli (DEM), ex-chefe de gabinete da prefeitura e também um dos pré-candidatos a vereador para as eleições de 2008. Apesar do perfil dele ser recente (do início do ano), já conta com mais de 700 amigos.
Canalli foi procurado, pelo Orkut, para falar sobre o site de relacionamentos em ano de campanha eleitoral. Não respondeu.
Páginas devem ser cadastradas
A propaganda eleitoral na internet é permitida apenas na página virtual do candidato destinada à campanha eleitoral. Importante: a página pode ficar no ar até a antevéspera da eleição.
Os candidatos interessados precisam providenciar o cadastro do domínio no órgão gestor da Internet Brasil – para isso, basta acessar www.registro.br.
Na hora de registrar o site, o nome do candidato e seu número de campanha precisam corresponder àqueles indicados para a urna eletrônica. A terminação para esse tipo de página da internet é a can.br.
Não será cobrada taxa para o registro do domínio. Contudo, toda e qualquer despesa com criação, hospedagem e manutenção da página é de responsabilidade do candidato.
Os domínios com terminação can.br serão cancelados após a votação. Se o político quiser divulgar seus trabalhos, precisar criar um site pessoal.
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