Second Life, Orkut, YouTube, Flickr, Wikipedia, MSN Messenger...a lista poderia continuar infinitamente, mas esses são alguns nomes das mais populares formas que as pessoas encontraram para trocar informações e conhecimento através da internet nos útimos tempos. Fala-se muito sobre essas empresas como sendo expoentes da Web 2.0. Acho engraçado, porque quando a televisão iniciou transmissões via satélite ou a cores, por exemplo, ninguém falou em TV 2.0 ou coisa parecida. Acredito que se você precisa explicar a piada é porque há um problema. Mas enfim, são outros tempos...
Sempre afirmei que o maior desafio para o sucesso da internet é “desaparecer” no dia a dia das pessoas. Explico: quando você vai a um hotel, acha a coisa mais normal do mundo receber um cartão magnético – e não uma chave- para abrir a porta do seu quarto, não é?
O futuro da comunicação para mim passa por esse raciocínio: tem que ser simples, a ruptura terá de ser forma suave, imperceptível para que a adoção seja em larga escala, por mais contraditório que isso possa soar.
Sem dúvida o telefone celular caminha para ser o grande catalizador dessa mudança, principalmente pela sua portabilidade (e confesso que não sou o maior entusiasta da convergência na forma que se fala por aí). Mas, do lado do usuário, acredito no comando de voz como o principal fator para uma verdadeira ruptura nos padrões atuais de navegação. Hoje já há mais de um bilhão de pessoas com acesso a web, mas mesmo assim estamos falando de apenas 16% da população global. Há uma oportunidade real para que a universalização do acesso (que é um problema muito mais político do que qualquer outra coisa) possa ser feito de forma muito mais simples do que o http://www.endereçodosite.com.br que temos que digitar hoje em dia, o que daria novas perspectivas para a maioria da população que não sabe ler ou escrever. Daí minha desconfiança no chamado LapTop de 100 dólares (que pelo que consta custará mais que isso), criado pelo guru Nicolas Negroponte. Ele, que previu o futuro tão bem quanto era um estudioso ativo no MIT MediaLab, parece ter perdido a inspiração ao se tornar um burocrata de gabinete.
É consenso que falar é muito mais fácil que digitar, assim como receber mensagens através de imagens em movimento é muito mais efetivo que ler. Por isso, de certa maneira, a comunicação do futuro seria uma volta às raízes, cuja primeira forma de transmissão era através das histórias contadas pelos anciões das tribos e que passavam de geração após geração oralmente, sem nenhum registro escrito.
Os especialistas e futurólogos de plantão falam na web semântica- que interliga significados de palavras e tem como finalidade conseguir atribuir um significado (sentido) aos conteúdos publicados na internet de modo que sejam perceptíveis tanto pelo ser humano como pelos computadores que vasculham as páginas da Rede- como sendo a próxima onda (ok, web 3.0 se você preferir). É o primeiro passo.
Enfim, se eu pudesse escolher, gostaria que a comunicação do futuro, além de interativa, portátil e sob demanda, fosse muito mais falada, ouvida e vista, do que simplesmente digitada e lida. Assim, estaríamos muito mais próximos da universalização do acesso.
Um comentário:
Pela praticidade nota 10. Pense bem, nossos celulares fazem tudo, acessam a internet, fazem down loads, tiram fotos, gravam vídeos, temos agendas de telefones gigantescas, mas se perdermos ele em um momento de emergência não temos nem o telefone de nossos familiares familiares memorizados na cabeça. Isso cria uma certa acomodação eu acho.
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