Há um tempo atrás quando se discutia muito a intervenção dos EUA no Iraque, estava no Mc´Donalds conversando com um primo sobre o assunto. Foi ali que ele me disse: "Não sei porque todos reclamam contra os Estados unidos... eles estão defendendo o nosso modo de viver". Logo que ele falou, percebi que estava inserido em contexto de vida ocidental. Comecei a pensar o que seria se o Iraque dominasse o nosso "modo de viver". Provavelmente não estaria comendo tranquilamente em uma lanchonete num final de semana.
Muitas vezes vivemos sem preceber o contexto em que estamos inseridos. Somos como os peixes, que não sabem que estão na água. Somos acorrentados ao cotidiano, e não analisamos, - e nem temos tempo para isto - se este é o melhor modo de viver.
Talvez isto se deva à nossa qualidade de adaptação. Todo ser humano tem esta qualidade. Conseguimos nos adaptar facilmente à qualquer situação. Assim caminha a humanidade. Com passos lentos, mas sem muita lembrança de como vivíamos anteriormente.
Fico pensando: O que seria da vida de cada um de nós, se vivêssemos em outra época, especificamente passada, e de repente o futuro (hoje) nos afrontasse? Quantas coisas não estranharíamos na vida de hoje? E quantos de nós, não lutariam para que a vida de agora fique parecida com a antiga?
Quando nos deparamos com um texto tão futurista como este que queremos comentar, nossa tendência é ignorar estas idéias futuristas como se fossem mentiras, e nos apartar delas para que não se tornem verdade. Nós não sabemos como será nosso futuro. Aliás nem sabemos se chegaremos lá. Porém, ultimamente estamos vivendo um momento que nos faz ver um horizonte muito diferente.
Hoje, estamos vivendo ligados à todo o mundo. Podemos ver o que quisermos, conversar com pessoas que nem conhecemos, e até marcar encontros, e vezes unir até em matrimônio. Mas de maneira controversa, cada vez menos precisamos do contato humano. E é esta frieza que nos desagrada, nos traz pavor. O que não precebemos é que nós estamos construindo este mundo que assustadoramente rejeitamos como incerto.
O futuro será assim, mas de maneira evidente, prática.
A pergunta que se faz é se esta é a maneira que nós queremos viver. Nossas atitudes indicam que sim. O futuro que existirá será o futuro que nós construirmos.
Nosso modo de viver... qual é o nosso modo de viver?
Qual é o modo que desejamos viver?
O que defenderemos?
Abraços, Henry.
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