Acontece entre 1º de setembro e 18 de novembro em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a 6ª Bienal do Mercosul. Nesta edição o curador-geral Gabriel Pérez-Barreiro pretende intensificar o processo de internacionalização da mostra e pôr em prática um programa pedagógico ao longo de toda a sua realização. O projeto curatorial é inspirado na metáfora “A Terceira Margem do Rio”, imagem do conto de Guimarães Rosa.
67 artistas provenientes de 23 países irão expor suas obras. Entre os destaques estão o artista uruguaio Francisco Matto, o argentino Jorge Machhi e o brasileiro Oÿvind Fahlström. A entrada será franca, o que aumenta em quase 50% a possibilidade de visitação com relação à edição anterior. A expectativa é que mais de um milhão de pessoas visitem os três espaços da exposição: Museu de Artes do Rio Grande do Sul (MARGS), Santander Cultural e Armazéns do Cais do Porto.
A mostra objetiva promover o resgate da história da arte latino-americana, posicionar o Brasil como referência internacional nas artes visuais, dar acesso as artes à milhares de pessoas além de favorecer a integração de esforços governamentais e empresariais na promoção das artes.
A Fundação planeja, após o encerramento da Bienal, uma exposição itinerante que levará boa parte das obras à outras cidades brasileiras e capitais internacionais como Buenos Aires, Montevidéu, Assunção e Santiago. O intuito é ampliar sua visibilidade e oferecer condições a um público que provavelmente não teria acesso à mostra.
O Projeto Pedagógico é liderado pelo teórico e artista uruguaio, Luis Camnitzer, na figura de curador pedagógico. Para ele, o espectador deve ser visto como ser criativo e não como mero receptor passivo de informação. Segundo o diretor de patrocínios, Leandro Gostisa, “o grande objetivo do projeto é promover o pensamento crítico através da arte contemporânea”.
Diversas ações compõem o programa educativo - entre elas o envolvimento de professores das redes pública e privada com acompanhamento dos alunos à exposição, ciclo de conferências e mesas-redondas, inserção do projeto da Bienal no calendário escolar da rede pública de ensino do RS, capacitação de professores de RS e SC, distribuição de material educativo para escolas e transporte gratuito para estudantes da rede pública, entre outros.
Junto aos espaços expositivos serão construídas estações pedagógicas com ateliê para uso do público escolar e sala de exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.
Patrocinadores
A sexta edição da Bienal do Mercosul conta com o patrocínio master de Petrobras, Gerdau e Santander Cultural. As três cotas foram negociadas por R$ 3 milhões. O projeto pedagógico recebe patrocínio da Refap enquanto a Habitasul patrocina o Núcleo de Documentação e Pesquisa da Fundação Bienal do Mercosul. Pelo menos mais quatro cotas ainda estão disponíveis.
Grupo RBS, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - Copesul, Fibraplac, Randon, Serasa, Lojas Pompéia e Renner, Ciee, ICBNA e Perto, Rede Plaza Hotéis e SLC Alimentos também apóiam o evento. O apoio institucional é da Unesco, da Parceiros Voluntários e da Prefeitura de Porto Alegre. A mostra, financiada através do Ministério da Cultura pela Lei Rouanet e Secretaria de Estado da Cultura, recebe ainda apoio governamental das Embaixadas do México e da Argentina.
De acordo com Gostisa, a preparação do plano de cotas teve início em agosto do ano passado. “Nossa grande preocupação foi elaborar formas eficazes de dar retorno aos nossos patrocinadores”, explica. Para ele, a grande novidade deste ano é a criação de lounges e stands para que os patrocinadores possam divulgar seus produtos e serviços.
Fonte: Meio & Mensagem
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