Lançado há dois meses pela Apple, o iPhone já se tornou o novo brinquedo de hackers espalhados pelo mundo inteiro. Um acordo inicial realizado entre a fabricante e a AT&T fixou que apenas cadastrados na operadora podem ter acesso ao aparelho que agrega telefonia celular aos aplicativos do iPod. Rumores dão conta de que parcerias podem levá-lo a alguns mercados europeus ainda em 2007, mas não é oficial. Porém, a ansiedade de adquirir o iPhone parece tamanha que o método de segurança foi burlado em vários países, inclusive no Brasil.
O especialista em Novas Tecnologias pela Politécnica/USP, Alexandre Ichiro Hashimoto, diz ter ouvido casos sobre a existência de iPhones destravados no Brasil, porém não é capaz de comprovar. "Pelo que sei, já existe pelo menos um aparelho desbloqueado por aqui, inclusive funcionando com a operadora TIM. Mas ninguém sabe da efetivação disto". De acordo com ele, a operadora envolvida no caso não tem ciência da situação, pois o sistema de cobrança é o mesmo que o utilizado em modelos convencionais de celular.
A partir do desbloqueio, o usuário pode escolher a operadora que lhe convém para utilizar o serviço de telefonia. Segundo o especialista tal atividade é considerada criminosa. O contrato é exclusivo e não permite que haja este nível de livre escolha. "Essa pode ser uma razão pela qual não se sabe quem é o detentor do produto por aqui", afirma.
Como destravar?
O método de desbloqueio passou por uma evolução. Hashimoto lembra que há cerca de um mês, hackers de outros países burlavam a plataforma com esquema complexo. Eram necessários cinco softwares, além de outros planos para manipular o chip original. O processo se concluía em cerca de 20 passos e era finalizado com o cadastro como uma conta genérica de celular.
Em menos de 30 dias, a quebra do código foi simplificada por outros três hackers da cidade de Tel Aviv em Israel. Segundo o especialista da USP, o procedimento é realizado agora em cerca de 15 minutos. Basta conectar o iPhone ao computador e seguir instruções para destravar a plataforma rapidamente. Hashimoto afirma que tal software ainda não está disponível no Brasil.
As conseqüências da quebra do código do aparelho são inúmeras. Para ele, as vulnerabilidades podem atrair vírus para a programação e alterar o funcionamento do sistema. "É semelhante ao que acontece com um computador. Se a empresa disponibiliza softwares, eles são testados e mais seguros. Já quando o usuário baixa um arquivo por conta, pode haver algo malicioso e desconfigurar a programação inteira", define.
A Apple está em negociação com operadoras e deve disponibilizar a novidade mundialmente a partir de 2008.
Fonte: Adnews
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