Remuneração das TVs mudará
Em um seminário sobre TV digital realizado na terça-feira, dia 21, pela AgênciaClick, um dos temas de maior discussão foi que a nova tecnologia mudará a forma de remuneração atualmente vigente na televisão brasileira. Isso porque, além dos tradicionais comerciais de 30 segundos, será permitido o envio de aplicativos via TV. No seminário, Guido Lemos, pesquisador da Universidade Federal da Paraíba, afirmou que é preciso definir se a interatividade de um comercial terminará após os seus 30 segundos de duração ou se poderá continuar sendo executada de forma que se sobreponha aos outros comerciais que serão exibidos. “Os anunciantes terão que comprar não apenas os 30 segundos, mas também um pacote de dados, para que seu aplicativo interativo possa estar no carrossel”, explica. As informações são do Tela Viva News.
Mercado preparado
No evendo, Pedro Cabral, presidente da AgênciaClick, afirmou que o mercado publicitário já trabalha com a possibilidade de uma adoção gradual da TV digital pelo público, mas a adesão será muito pequena no início das operações, previsto para 2 de dezembro deste ano. Ele acha que há uma expectativa hiper-dimensionada com relação à TV digital e o impacto da interatividade. “A interatividade da televisão será muito mais limitada do que a dos computadores”, concluiu. No início deste ano a AgênciaClick, juntamente com a Universidade Mackenzie, de São Paulo, e a Universidade Federal da Paraíba, criou um laboratório para testar a tecnologia digital para televisão.
Globosat em alta definição
Deverá ser lançado em novembro um novo canal da Globosat cuja programação será inteiramente produzida em sistema de alta definição, ou HDTV. Ele terá conteúdo inédito e aglutinará tudo o que as Organizações Globo já têm em seu arquivo produzido em HD, como shows, eventos esportivos, teledramaturgia e outros programas, além de filmes e jornalísticos. Haverá ainda material produzido no exterior e comprado pela empresa para exibição no Brasil. Mas esse canal somente será distribuído pelas operadoras que tiverem tecnologia para transmissão digital. Entre as empresas que a Globosat trabalha, apenas Net, Sky e Directv estão habilitadas até o momento.
Menos evangélicos na TV
A igreja católica substitui a programação evangélica que era exibida pelas retransmissoras que foram adquiridas do apresentador e empresário Gugu Liberato pela grade da TV Aparecida, a TV de Nossa Senhora. A rede de 19 retransmissoras – 13 delas em funcionamento – de Gugu foi comprada em maio passado por cerca de R$ 15 milhões, segundo informações do mercado. A TV Aparecida é a terceira rede católica de televisão no país: há ainda a Rede Vida e a TV Canção Nova.
Sonho desfeito
A venda das retransmissoras representa o ponto final na empreitada de Gugu Liberato no sentido de possuir sua própria emissora de televisão. A rede daria suporte à uma geradora que ficaria em Cuiabá, a TV Pantanal, adquirida em 2002 por Gugu mas que teve de ser devolvida aos antigos proprietários após o Ministério das Comunicações ter cancelado a concessão. Isso aconteceu porque Gugu havia comprado a Pantanal antes de sua concessão ser aprovada pelo Congresso Nacional, o que é proibido. Mas, após um trâmite jurídico que durou quase dois anos, Gugu acabou devolvendo a Pantanal aos seus proprietários originais e ficou sem a geradora de sua rede, agora vendida. O sonho de Gugu (de ter sua própria rede de televisão) acabou.
Rede reforçada
Com a aquisição das 19 retransmissoras que eram de Gugu, a TV Aparecida cresce bastante. Ela tinha 26 retransmissoras em UHF e uma em VHF. De imediato, agregou as 13 emissoras de Gugu que já funcionavam e tem ainda outras seis autorizadas a entrar em operação.
TVA e Telefônica
Estava prevista para ser realizada no Senado Federal nesta quarta-feira, 22, audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) para discutir a venda da TVA, do Grupo Abril, para a Telefônica. A audiência foi requisitada após denúncias do presidente da casa, Renan Calheiros, de que há irregularidades na transação. Apesar dos entraves causados pelas acusações de Calheiros, tanto a Abril quanto a Telefônica dão como certa a aprovação da negociação, já que um parecer da Anatel emitido no mês passado não havia constatado problemas na transação. No entanto, essa audiência foi apenas solicitada, mas não chegou a ser marcada.
Concessões aprovadas
Também nesta quarta-feira, a CCT do Senado aprovou 36 projetos para outorgar ou renovar concessões de serviços de radiodifusão. Dois deles referem-se à concessões de serviços de televisão, um em Londrina (PR) e outro em Rio Verde (GO). Segundo informações da Agência Senado, na lista dos projetos de radiodifusão, 18 relacionam-se a serviços de emissoras rádio comunitárias, dez na modalidade de freqüência modulada (FM), seis para ondas médias (OM), uma para ondas curtas (OC) e outra para onda tropical (OT).
Revisão de normas
Ainda segundo informa a Agência Senado, o senador Flávio Arns, do PT paranaense, deve entrar ainda nesta quarta-feira, 22, com requerimento de audiência pública para debater os critérios vigentes para concessões de serviços de rádio e televisão. Atualmente os parlamentares apenas referendam pareceres sobre aspectos técnicos e legais preparados pelo Poder Executivo. O Senador Wellington Salgado (PMDB-MG), presidente da CCT, concordou que o Poder Legislativo mantenha critérios próprios para o exame das concessões e não apenas aprove o que vem do Executivo.
Outra audiência pública
A partir das 9 horas desta quinta-feira, dia 23, a CCT reúne-se novamente em audiência pública, dessa vez para debater o tema “Conteúdo audiovisual em tempos de convergência tecnológica”. Já às 14 horas é a vez do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cadê) realizar a sua audiência pública sobre o impacto da convergência tecnológica na concorrência entre as empresas de comunicação.
Mais gays nas bancas
A recém criada Editora Sapucaia lança no dia 6 de setembro a revista Júnior, voltada para o público GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). O título terá periodicidade trimestral, tiragem inicial de 30 mil exemplares e distribuição nacional a cargo da Fernando Chinaglia. O preço de capa será R$ 12. Segundo informações dos editores, Júnior será diferente da G Magazine, atualmente a revista gay mais vendida no Brasil. Isso porque os executivos da Sapucaia acreditam que a G Magazine seria para o público gay como uma Playboy é para o público masculino heterossexual e Júnior pretende ser para os gays o que a Trip é hoje para os homens.
Mais culinária nas bancas
Será lançada em setembro a revista Cozinha Fácil. O título, produzido pela Editora Peixes, da Companhia Brasileira de Multimídia, terá 32 páginas e tiragem inicial de 40 mil exemplares e preço de capa de R$ 3,90 (R$ 2,99 na edição de estréia). Trata-se de uma revista de culinária, com dicas para agilizar e diversificar o dia-a-dia na cozinha. A nova revista vem engrossar o caldo de publicações voltadas ao segmento de culinária e gastronomia que assola as bancas brasileiras. Entre as centenas delas, destacam-se a Gula (da própria Peixes) e a Cláudia Cozinha. Especialistas do setor acham que a estratégia da Peixes não é incrementar o portfólio que oferece aos anunciantes, mas sim alavancar o volume de circulação de suas revistas, já que esse é um tipo de publicação que vende muito em banca. Basta observar a enorme quantidade de títulos one shot que podem ser achados nas bancas todos os meses.
Por Marcelo Affini
Fonte: CCSP
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