O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) acatou recurso ordinário interposto pelo jornal O Estado de S. Paulo e por unanimidade negou o direito de a Folha de S. Paulo utilizar expressões em que afirma que "tem os classificados que vendem mais". Na mesma decisão, tomada no último dia 16 durante reunião de seu Conselho de Ética, a entidade também definiu restrições ao uso de "o maior jornal do Brasil", obrigando o veículo a esclarecer nas peças publicitárias a fonte de informação em que a frase se baseia. A obrigatoriedade também vale para o uso de "o jornal que mais vende no Brasil". Sempre que a utilizar, o jornal está obrigado a informar "maneira clara e legível" os dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), inclusive nos meses em que não for líder de circulação.
A campanha com essas expressões vinha sendo veiculada pela Folha desde janeiro deste ano. Julgada em 1ª Instância, o Conselho recomendou à Folha a alteração dos anúncios, com publicação de dados por inteiro, sem omissão de informações que viessem a lhe favorecer. Mesmo após a decisão, o veículo continuou a publicar anúncios no trade publicitário afirmando ser o maior jornal do País e com os classificados que vendem mais. "Isso não é verdade, segundo dados do IVC, mas o concorrente continuava a usar as informações em suas peças publicitárias", afirma Cláudio Santos, diretor Corporativo do Grupo Estado. "Uma decisão do Conar não pode ser desrespeitada. Da mesma forma, o mercado publicitário não pode ser induzido a erro em anúncios com informações confusas", diz.
De acordo com dados do IVC, o Estadão é líder de circulação na Grande São Paulo e na Cidade de São Paulo com 18% a mais de exemplares vendidos que o outro jornal, média obtida entre segunda-feira e domingo. São 136.960 exemplares contra 116.271 do seu principal concorrente. Os classificados do Estadão também são líderes, com 61% de share em relação ao principal concorrente, segundo o Ibope também de julho deste ano.
Fonte: Adnews
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