Geralmente, estes lindos alimentos fotografados são incomíveis. Segundo site Don’t Buy It, cuja missão é tornar os futuros consumidores mais espertos, os estilistas alimentares utilizam práticas nada apetitosas:
* Quando fotografar sanduiches com sementes, como milho ou ervilhas, cole-as com cola tudo ou fixe-as com alfinetes.
* Aplique spray a prova d’agua nas superfícies para evitar que elas fiquem úmidas.
* Cozinhe apenas o lado externo das carnes e deixe o centro crú para deixa-la com uma bela aparência e aspecto de frescor.
* Pinte as carnes, em especial hamburguers com óleo e pigmento marrom.
* Para fazer as marcas de grill, use um metal bem quente como um ferro de solda por exemplo.
* Utilize apenas as fatias centrais dos mais belos tomates e aplique neles uma mistura de glicerina e água para dar uma aparência de frescor.
* Use toalhas de papel dobradas como fraldas para que a gordura e o sangue das carnes não escorram para o pão.
* Escolhas folhas bem verdes, saudáveis sem marcas marrons ou falhas.
Quando Chris Locke, Doc Searls, David Weinberger escreveram em 1999 o Manifesto Cluetrain, estavam informando ao mundo que o consumidor estava mudando, e conectados e juntos ficaram muito mais inteligente que a soma de suas inteligências. O novo consumidor esta ficando cada vez mais refratário à publicidade. Veja que o filme sincero da Dove Evolution, que transformou-se em um imenso buzz, acabou por ganhar o Gran Prix de Cannes este ano, sem ter sido veiculado na TV. Este comportamento escancara para quem quer ver, que o consumidor quer sinceridade e transparência, quer interagir com pessoas e não com super-heróis ou ficção., quer realidade e não fantasia.
Para comprovar isto, basta uma simples busca no Google e econtrará centenas de posts e artigos que falam do tema “food advertising x reality”. Uma das respostas que me chamou a atenção foi um link no Digg, cujo post recebeu até o momento 3866 votos e nada menos que 274 comentários.
Voltando ao aspecto dos alimentos, fica pergunta: Será que teremos de colocar fotos reais nas peças publicitárias ou teremos de fazer um bom marketing de serviços aliado a P&D para produzir alimentos cada vez mais parecidos com a suas fotografias?
Por João Carlos Caribé
Fonte: Entropia
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