18 de out. de 2007

IPTV: Tecnologia leva TV por assinatura à banda larga

Televisão por assinatura no Brasil é privilégio para poucos. Estatisticamente, menos de 5 milhões de brasileiros - ou seja, menos de três em cada 100 - têm acesso à TV paga. Do ponto de vista geográfico, apenas 442 dos 5.564 municípios brasileiros são atendidos pelas prestadoras de serviços de cabo, satélite e outras tecnologias de TV por assinatura. O que é preciso para democratizar esses serviços? Para as operadoras de telefonia, a resposta tem quatro letras: IPTV.

A sigla quer dizer TV via protocolo de internet (Internet Protocol Television), o que, na prática, significa utilizar a infra-estrutura de rede voltada ao acesso em banda larga à internet para trafegar pacotes de vídeo. A definição não vale, contudo, que serviços de transmissão de vídeo como o YouTube ou os canais de vídeo de portais e emissoras de TV na internet.

Embora o conceito seja parecido - trafegar vídeo via protocolo de internet -, alguns elementos diferenciam o que se convencionou chamar de IPTV dos serviços de streaming na web.

O primeiro deles é a forma como o conteúdo chega ao usuário. No IPTV, o usuário recebe o conteúdo no aparelho de TV, por meio de um conversor, da mesma forma que receberia o sinal em um serviço por assinatura convencional, via cabo ou satélite - e não pelo computador.

Outra diferença fundamental é a garantia de qualidade. Os prestadores de serviços de IPTV oferecem transmissão sem interrupção e com imagem de qualidade igual ou melhor à que chega na sua TV pela transmissão paga -, ao contrário dos vídeos na internet, que, muitas vezes trazem imagens em baixa resolução, pixelizadas (cheias de quadradinhos) e interrompidas por falhas na transmissão ou banda insuficiente.

Graças a esse conjunto de características, o IPTV se torna um produto natural - embora não exclusivo - para as operadoras de telecomunicações, que possuem a infra-estrutura necessária a sua oferta - as redes de banda larga, que chegam à casa dos usuários.

Este tipo de oferta já posicionou operadoras de telecomunicações de todo mundo como players na disputa pelo mercado de TV paga. Além da penetração garantida pela ampla infra-estrutura das redes das teles, o modelo oferece outras vantagens, como a oferta de conteúdos sob demanda que vão além das restrições de horários do pay per view, oferecendo uma TV genuinamente personalizável, e a interatividade, garantida pelos canais de comunicação direta com a operadora.

Fonte: Adnews

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