9 de out. de 2007

Marca Real pode desaparecer com a aquisição do Santander

O nome Banco Real poderá desaparecer em três anos, com a incorporação do ABN Amro pelo Santander. O consórcio de bancos formado pelo britânico RBS (Royal Bank of Scotland), o espanhol Santander e o belga-holandês Fortis anunciou segunda-feira (08) ter obtido 86% das ações que lhe permitem adquirir o banco holandês ABN Amro por 71 bilhões de euros.

Associada à imagem de sustentabilidade ambiental e da responsabilidade social, a marca Banco Real foi avaliada no ano passado em US$ 834 milhões pela consultoria Brand Analytics. No estudo, a marca representava 9% do valor de mercado do banco à época.

De acordo com a consultoria, o banco investiu tanto nessa imagem da sustentabilidade, que seu valor mais que dobrou de 2005 para 2006 -passou de US$ 381 milhões para os US$ 834 milhões.

Desde 1998, quando o ABN comprou o Real, o banco investe pesado em marketing para se associar à imagem de empresa ecologicamente correta, preocupada com o social e que aposta nos estudantes.

Em documento endereçado aos acionistas, o Santander não faz qualquer menção sobre o futuro dos produtos socioambientais no Brasil.

O Santander deixa praticamente claro que deve extinguir o nome Real, em três anos, como fez com a bandeira Banespa, que teve menor investimento em comunicação. "[Planejamos uma] Certa otimização da organização comercial, unida à adoção de uma estratégia de marca única, no momento oportuno. Todas nossas unidades na América Latina convergem agora para uma única marca", disse aos acionistas.

Por outro lado, o Santander afirma que não é verdade que mantenha apenas o seu nome nos bancos que compra. No Reino Unido, conserva o nome da Abbey National e mesmo na Espanha tem as bandeiras Banif e Banesto.

Fonte: Folha de S.Paulo

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