O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou na terça-feira, no Rio de Janeiro, que o governo brasileiro pretende levar acesso de alta velocidade à Internet a todos os municípios brasileiros até o final de 2010. Segundo ele, nas próximas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões em infra-estrutura para o cumprimento do objetivo. O ministro presidiu nesta manhã o debate sobre acesso à Internet durante o Fórum de Governança da Internet, que começou dia 12 e se encerra na próxima quinta-feira. Costa diz que as obras de infra-estrutura vão permitir o acesso à Internet de alta velocidade às escolas e ao serviço público dessas regiões.
"O presidente (Lula) deve se pronunciar nos próximos dias para mostrar que essa é uma prioridade. Estamos estudando de que forma faremos o trabalho. O governo vai investir na infra-estrutura e posteriormente abrir licitação para que empresas possam disponibilizar o acesso aos órgãos públicos e criar as condições para que elas ofereçam o serviço individual à população", diz. Estudos do governo apontam que empresas estatais podem colaborar na ampliação das linhas de fibra-ótica terrestres, com o uso de torres de transmissão da Eletrobras e dutos da Petrobras. Em alguns casos, o uso do satélite também servirá como opção.
Etapas
O trabalho do governo vai se desenvolver em três frentes. Um grupo de 696 cidades, onde a oferta de banda-larga já é uma realidade, deve receber apenas ações para que algumas áreas periféricas, não contempladas, possam contar com o acesso. Outro grupo, maior, de 2.951 municípios, tem sustentabilidade econômica para receber o acesso e até o fim de 2010, segundo projeções do governo, deve contar com 100% de acesso à conexão de alta velocidade. A situação mais crítica é de 1.916 cidades que necessitam de recursos públicos para que sejam criadas condições de infra-estrutura que viabilizem o serviço.
O ministro afirmou ainda que existe a necessidade de se democratizar as interconexões internacionais, que passam pelos "backbones" (espinhas dorsais) concentradas principalmente nos EUA, Europa e Cingapura, onde a renda gerada pelo fluxo de comunicação acaba concentrada. No caso, países mais pobres contribuem, mas não recebem o serviço na mesma proporção.
Fonte: Terra
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