6 de nov. de 2007

Indivíduos mais poderosos, graças à tecnologia

Inovações tecnológicas, competidores de todos os tamanhos e de todos os lugares, incerteza nos mercados. Estes são alguns dos desafios que os líderes globais enfrentam hoje, de acordo com Stephen Rhinesmith, sócio da Mercer Delta Executive Learning Center, em palestra de abertura da 10ª edição do Fórum de RH para a América Latina, organizado pela Mercer Human Resource Consulting.

Ao analisar a conjuntura empresarial atual, Rhinesmith - do alto dos seus mais de 40 anos de experiência em lidar com líderes globais – e não apenas corporativos: também foi alto funcionário do governo dos Estados Unidos na década de 80 - distingue o processo de globalização em três fases. A primeira envolveu países; a segunda, companhias; e a terceira onda da globalização agora impulsiona indivíduos para o mercado global.

Com esse cenário a vista, agora indivíduos são mais poderosos que antes – graças à tecnologia. Softwares gratuitos podem ser desenvolvidos por centenas de programadores em todo o planeta, o que possibilita custos de entrada bem menores para novas empresas que, principalmente baseadas na Internet, se podem expandir globalmente a um custo bem menor que o das organizações tradicionais. E isso é apenas um exemplo de como a tecnologia fortalece o indivíduo.

Assim, quais são os atributos que o líder global (tanto aquele que já era um, como os novos que surgem) devem ter para sobreviver e prosperar em um mundo onde, cada vez mais, a única certeza que se tem é a de que o grau de incerteza se elevará?

Coração, mente e coragem. Para Rhinesmith, a combinação destes três elementos fará o líder ter sucesso neste ambiente empresarial. O novo líder precisa ouvir mais do que falar; construir relacionamentos sólidos, não apenas entre seus diretores, mas com toda a empresa; precisa, ainda, ter a coragem de tomar decisões arriscadas, que vão contra o senso comum (e até mesmo contra a dos seus colaboradores, porém sem criar celeumas); e precisa ter uma visão clara do negócio para conduzi-lo aos objetivos.

Na visão de Rhinesmith, apenas líderes que possuem inteligência emocional, abraçam a diversidade cultural e têm valores claros e a coragem para tomar decisões corretas, em um mundo cada vez mais paradoxal, podem conduzir suas organizações a se tornarem multidimensionais, em vez de unidimensionais – que privilegiam apenas a estratégia, recursos analíticos e lidam com a complexidade, mas não a controlam.

Desenvolver seus recursos humanos, conduzir a organização para a inovação e gerenciar a complexidade dos negócios globais: eis os principais requisitos do novo líder e da nova organização, nesta terceira onda da globalização.

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