O anúncio que você está visualizando acima é o mais antigo do mundo, a imagem uma fotografia do original disponível para pesquisadores no Museu Britânico de Londres. O suporte é um papiro egipcío encontrado em Tebas(a terra de Aida, a escrava de Ammeris que inspirou a célebre ópera de Verdi). Segundo especialistas teria sido escrito há mais de 3.000 anos. O texto diz o seguinte: “Tendo fugido o escravo Shem de seu patrono Hapu, o tecelão, este conclama os bons cidadãos de Tebas a encontrá-lo. É um Hitita de cinco pés de altura, forte e de olhos castanhos. Oferecemos meia peça de ouro a quem informe sobre seu paradeiro e uma peça inteira a quem o trouxer até a tenda de Hapu, o tecelão, onde se tecem as mais belas telas ao gosto de cada um”.
Interessante observar que esse modelo de anúncio também prevaleceu entre nós, em particular no período 1820 a 1840. Os nossos eram mais descritivos, detalhava-se cada feição do escravo e até avaliava-se os seus sentimentos e temperamento. As artes tipográficas chegaram a desenvolver uma vinheta para destacá-los do conjunto: a figura de um andarilho negro com uma trouxa nas costas. Mas, retomando o fio da meada do anúncio mais antigo do mundo, imagina-se que a mídia tenha sido a parede ou a porta de um prédio público em local ou locais (se houve cópias) de grande circulação.
Fonte: Almanaque da Comunicação
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