Fornecer acesso à Internet pelo celular é a nova aposta do Google para fomentar a convergência tecnológica. A iniciativa tem apoio de outras dezenas de empresas e quer tornar móvel a mesma qualidade de navegação encontrada pelos usuários por meio da banda larga no computador. Apesar de recém-anunciada oficialmente, nesta segunda-feira, a novidade já foi considerada por especialistas como revolução no mercado de mobilidade. Além de tudo, a plataforma construída será gratuita e a conta de tudo isso vai ser bancada pela publicidade.
Na opinião de Jana de Paula, jornalista especializada em tecnologia, esse tipo de modelo é o caminho correto para a comunicação móvel. "Conteúdo aberto atrai publicidade. O diferencial é facilitar o acesso para todos. O mercado de massa é que faz o sucesso", afirma. Essa é a estratégia adotada pelo grupo. A plataforma Android, como foi denominada, será aberta a todos os dispositivos móveis, independentes de marcas ou modelos.
O conceito de convergência tecnológica é formado por vários formatos. O WiMax é um deles e trata-se da concretização, acima de tudo, do envio de dados em alta velocidade sem a utilização de fios. Do ponto de vista econômico, serviços pagos como serviços de assinatura também são utilizados na comunicação convergente. Entretanto, segundo Jana de Paula, a tendência é que os modelos priorizem a gratuidade ou custos reduzidos, principalmente em se tratar da Internet. "O Google é pioneiro em gratuidade para o usuário final. A mobilidade com Internet deve ser acessível a todos e, por isso, depende de anunciantes com suas marcas como apoio." O serviço de VoIP, telefonia por Internet, é um dos pontos essenciais desse movimento convergente.
Mercado brasileiro
O movimento ainda é tímido, mas aos poucos, está mais próximo do Brasil. Algumas parcerias já foram concretizadas na intenção de disponibilizar WiMax para os mais de 105 milhões de aparelhos celulares no mercado nacional. Entretanto, apenas querer não significa poder. "O problema não é falta de recursos financeiros. Só depende da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e o Governo para o WiMax vingar no Brasil. Os players já estão prontos para oferecer a tecnologia", decreta Jana. Segundo a jornalista, o entrave acontece por causa do ambiente regulatório, considerado por ela como "super fechado".
Enquanto o quadro político não é resolvido, a especialista aconselha soluções para curto prazo. Uma delas é trabalhar o conceito de WiMax como inclusão digital e estruturar pontos de banda larga móvel em cidades brasileiras para disseminação da tecnologia.
Fonte: Adnews
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