17 de jul. de 2008

All types

O maior desafio em direção de arte na propaganda é fazer um anúncio all-type - anúncio que não tem imagens, apenas títulos e textos - que seja criativo, de impacto e, de lambuja, ainda dar recall. E dá-lhe fuçadas no Adobe Font Folio pra caçar uma letra bacanuda no meio de mil fontes remerrenhas pra dar um jeitinho naquele anúncio chinfrim. São poucos os bravos que conseguem.

Agora, não gosta de all-type? Acha tão sem graça como assistir máquina lavar roupa? Pois esse filme de apresentação do “The Girl Effect” é um tapa de mão aberta na cara de Hans Donner, que vê cromado e arco-íris até em linguiça pendurada em bar.





Ele é todo feito com uma só fonte, mas usa a tipologia com uma dinâmica tão eficiente que as palavras conseguem contar uma história como se fossem personagens. Sim, precisa ler em inglês, mas aqueles que possuem esse poder, verão que é uma maneira eficientíssima de se contar uma história. Tanto que até o próprio canal GNT e o Discovery andam usando esse recurso em algumas chamadas.

É tipo de criação que inspira outros criativos, fazer algo tão poderoso com pouquíssimo recurso. Nada de producão para fazer cocô na casa do Pedrinho, é explorar a tipologia ao máximo para passar o conceito (que sinceramente, não teria o mesmo efeito se mostrasse imagens de garotinhas mulambentas e empoeiradas com cara de fome).

Dá uma olhada no site do “The Girl Effect”, também baseado em tipologia, mas com algumas fotos como acompanhamento. A idéia do projeto é bacana, humanitária, onde prega que ajudar uma garota pobre pode salvar o mundo.


Retirado do blog do excelente ilustrador Hiro : http://blog.hiro.art.br/

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