Representante da Volkswagen, a concessionária Sabrico investiu R$ 4 milhões em um Centro de Logística na Zona Norte de São Paulo, semelhante a uma concessionária de Berlim, na Alemanha. Lá, criou um espaço de 5 mil metros quadrados onde o carro atravessa um circuito até entrar no salão por uma porta que se abre lentamente. “Fazemos de tudo para que essa entrega seja o começo de outra venda”, diz Marcos Linhares Dadalti, diretor comercial da Sabrico.
Além da cerimônia pomposa, os compradores levam para casa um arranjo de flores e uma garrafa de espumante, já que o brinde na loja foi banido após a “lei seca”.
“A entrega diferenciada aumenta a sensação de conquista. Esse ritual mexe com o emocional”, diz o engenheiro civil Marcos Loureiro, que foi buscar uma picape Saveiro seminova, seu novo carro.
Constrangimentos à parte
Mas como cada cliente é um cliente, surpreendente mesmo pode ser a reação dele. Grande parte acha graça, se emociona e chega inclusive às lágrimas, mas para os mais tímidos e reservados, a exposição pode ser sinônimo de constrangimento. “É raro, mas alguns clientes ficam bravos, dizem que não precisava de nada daquilo, mas aí já é tarde demais; dificilmente dá para evitar”, explica a atendente Tabata Lima Costa.
Por este motivo, algumas concessionárias são mais contidas na hora de entregar o veículo. “O natural bem feito é o que todo mundo espera. Já trabalhei em uma loja que fazia um espetáculo e isso causava constrangimento não só para o cliente como para os funcionários”, diz Márcio Mota, coordenador da loja Caltabiano, representante de nove marcas.
Na Caraigá, concessionária da Volkswagen e da Audi, o cliente recebe da loja as devidas explicações sobre o funcionamento do veículo, mas a surpresa vai via moto boy: um pacote de tratamento estético para as mulheres e um porta-cartão com uma caneta para os homens.
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