A MTV Brasil apresentou ao mercado, nesta terça-feira (09), a quarta edição do estudo Dossiê Universo Jovem, dessa vez, sobre o tema "a preservação do planeta".
A pesquisa detectou cinco tipos de perfis de jovens, em relação ao tema: os Comprometidos (17%), os Teóricos (26%), os Refratários (20%), os Intuitivos (21%) e os Eco-Alienados (16%).
Os Comprometidos são aqueles que conhecem e valorizam as causas ambientais, falam sobre o assunto com os amigos e praticam seus conhecimentos no dia-a-dia, separando o lixo para reciclagem e aumentando o consumo
de produtos orgânicos, por exemplo.
É o grupo em que mais se encontra quem já plantou uma árvore,
além de ser o que mais reutiliza papel na impressão, mais evita
usar sacolas plásticas e busca alternativas para reduzir o
uso do carro.
Esse grupo acredita que as soluções devem ser buscadas a partir da ação conjunta da sociedade: governo, mídia, população e ONGs.
Junto com os Teóricos, são os mais atuantes quando o assunto
é economizar água e energia e não jogar lixo na rua, defendendo
inclusive a aplicação de multa para essa infração.
Valorizam, mais que todos os outros, as empresas e produtos ecologicamente corretos, mas acreditam que as empresas usam a causa ambiental por modismo e são pouco comprometidas de fato.
Esperam do governo mais campanhas que ensinem a população a preservar o meio ambiente. São favoráveis aos biocombustíveis.
Já aqueles que fazem parte do grupo 2, dos Teóricos, preocupam-se em economizar água e energia e não jogar lixo na rua na mesma proporção do grupo 1, mas não demonstram empenho equivalente em relação a outras práticas, como a redução do uso do carro.
São os mais elitizados em termos econômicos e de escolaridade. Interessam-se pelas causas ambientais, principalmente o aquecimento global, mas também pelas sociais, políticas, educacionais, além de questões tecnológicas e atualidades.
Conhecem e valorizam o assunto tanto quanto os Comprometidos. Mas, devido à formação, demonstram mais conhecimento teórico em relação a conceitos e fatos relacionados à preservação do meio ambiente. Jornal e internet são fontes de informação com utilização acima da média.
Têm ações em casa em prol do meio ambiente e também se
destacam pelas atitudes proativas em relação à causa:
“pegam no pé” dos amigos e familiares, mas em ambas as
situações com menos destaque do que os Comprometidos.
No ranking, é o segundo grupo que mais valoriza as causas
ambientais.
Os Refratários, que fazem parte do grupo 3, são os que menos valorizam as causas ambientais e os que mais concordam que na prática não fazem nada pelo meio ambiente.
São conscientes que têm baixo conhecimento sobre assuntos
relacionados à preservação ambiental, mas ainda assim maior que o dos grupos 4 e 5.
A formação ecológica recebida em casa é um pouco menor
que a observada na média da população: os pais são menos conscientes, mais ultrapassados, assim como seu grupo de amigos.
São também menos idealistas: preferem trabalhar infelizes por dinheiro do que trabalhar por prazer.
Não fizeram nenhuma mudança no dia-a-dia pela causa. E como não fazem e não querem fazer, acreditam que população não está contribuindo para preservar o meio ambiente. Mesma percepção negativa é atribuída ao governo e às empresas.
Os Intuitivos fazem parte do grupo 4. É o grupo com baixa formação e consciência ecológica, mas com alguma atuação: superior ao grupo 3 e inferior aos grupos 1 e 2.
Não demonstram domínio do assunto ou consciência ecológica.
A prática parece ser mais intuitiva. Economizam água e energia, têm cuidado com o lixo e com o gasto de papel e são proativos em relação a amigos e familiares em atitudes ecologicamente positivas.
Acreditam ter algum conhecimento sobre preservação do meio ambiente (auto-avaliação). Mas, na prática, demonstram baixo domínio sobre o assunto e pouca consciência ecológica.
Mostram grande distanciamento e desconhecimento da atuação
das instituições e acham difícil a linguagem que a mídia utiliza
para falar do assunto.
Já o quinto grupo traçado pelo estudo engloba os Eco-alienados.
É o segmento com menor conhecimento, o que realiza menos
ações ecologicamente corretas. São os que menos conhecem conceitos, fatos e acontecimentos relacionados à preservação do meio ambiente.
Seus pais não têm consciência ambiental e são resistentes em
relação à reciclagem. Esses jovens não separam o lixo, não são atuantes com amigos e familiares, não se preocupam em relação ao futuro dos filhos nem com o tempo que as coisas levam para se decompor.
É nesse segmento que se observam as menores taxas de ações
que contribuem para a preservação do meio ambiente.
O Dossiê conclui que o jovem, em geral, considera o tema importante, mas que, antes disso, ele tem questões que acredita serem mais emergenciais: a violência, o desemprego, as drogas, a fome, a desigualdade social e sobre os problemas particulares de suas cidades.
Via: CCSP
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