Evento foi promovido pelo IBOPE/NetRatings em parceria com a JumpEducation
As estratégias da comunicação digital, o comportamento do novo consumidor e a maneira como as marcas devem ser trabalhadas atualmente foram alguns dos temas abordados durante o Digital Marketing Summit 2008. O evento aconteceu hoje (30), em São Paulo, e foi promovido pelo IBOPE/NetRatings em parceria com a JumpEducation (centro de educação e capacitação de profissionais em novas mídias e negócios digitais).
Para falar sobre o novo consumidor, o Digital Marketing Summit teve início com palestra de Alexandre Magalhães, gerente de análise de mercado do IBOPE/NetRatings. O executivo abordou a importância da internet para as empresas, ressaltando o impacto da digitalização de conteúdos e a concretização de certas tendências no Brasil. "O consumidor está muito mais interessado em dialogar com as empresas. O cliente que não se sentir parte integrante na construção de uma marca se distanciará", disse Magalhães.
A respeito dos jovens, o executivo ressaltou a grande exposição deste público a uma quantidade muito maior de informção. "Isso permite a diminuição da lealdade e a confiança nas instituições tradicionais", explicou.
Conforme o gerente de análise de mercado do IBOPE/NetRatings, 58,6% dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos já utilizaram a internet, sendo que 46,5% acessam diariamente a rede. "Do total de jovens que utilizam a internet, 82% navegam mais de uma hora por semana. A convergência das mídias é importante na conquista desse público", enfatizou.
Para traçar um panorama do mercado de mobile mundial, Fátima Pissara, gerente de mobile marketing da Nokia, explicou, durante sua palestra no Digital Marketing Summit, que os investimentos em propaganda interativa irão somar Us$ 100 bilhões em 2010. "A audiência está migrando a atenção para cenários interativos que são mensuráveis e confiáveis. O futuro da propaganda interativa é o celular", afirmou Pissara.
Já o diretor de mídia da DM9DDB, Fabio Saad, ministrou palestra sobre o planejamento da mídia no novo contexto digital de participação. Segundo Saad, a nova realidade da propaganda nos meios digitais agrega valores como conversação, diálogo dinâmico e múltipla plataforma. "Neste cenário, os veículos estão em processo de digitalização. Assim como a Rede Globo possui equipe preocupada em pensar o futuro da TV digital, a editora Abril também tem a Abril Digital que possui uma atuação que vai além do "print". Outro exemplo é a ESPN norte-americana que desenvolveu controle remoto que transmite estatísticas sobre os jogos e é até um messenger", complementou Saad.
O executivo também citou o crescimento do e-commerce no Brasil. Segundo Saad, o faturamento do comércio eletrônico no mercado brasileiro em 2007 foi de R$ 6,3 bilhões. "Isso representa aumento de 43% em relação a 2006. Sem dúvida o segmento de varejo online detém o maior bolo de investimento no meio digital e continua aquecido", reforçou.
Para falar sobre branding nos meios digitais, Silvia Quintanilha, vp da Milward Brown Brasil, fez uma análise do funcionamento da mente do consumidor atual e citou os pilares para a sustentabilidade de uma marca. "O consumidor está mais crítico e seletivo, tem a necessidade de se conectar com outras pessoas e busca pela praticidade. A construção de uma marca não se dá apenas por uma comunicação eficaz. Ela é construída pelo total de experiências que oferece. Não basta aparecer. É fundamental que haja interação", explicou Quintanilha.
A respeito de como as novas mídias estão modificando a percepção de sucesso de uma campanha, Jeff Paiva, gerente de social media da Agência Click, explicou o conceito de social media e ressaltou a importância de se fazer uma comunicação integrada. "Social media é o reflexo digital das interações sociais que as pessoas já têm no mundo offline sem as limitações de tempo e espaço. Neste sentido, não basta apenas aplicação de banners, por exemplo. Tem que ter uma integração da comunicação", disse Paiva.
De acordo com o gerente de social media da Agência Click, o Brasil é o país que mais utiliza redes sociais no mundo, em audiência e navegação. "Os usuários dão mais importância à interação na internet que à leitura de e-mails, que já é, inclusive, um hábito considerado antigo. Além disso, o YouTube, por exemplo, já possui audiência superior à TV paga no Brasil", complementou Paiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário