19 de mar. de 2007

Advergaming

Falar sobre propaganda em jogos pode parecer uma moda passageira, até porque já existem exemplos oriundos da década de 80. Mas a verdade é que existem três bons motivos para falar do assunto. O primeiro é muito simples: os jogos deixaram de ser uma brincadeira de criança atingindo centenas de milhões de consumidores de todas as idades. A vantagem não é volume, mas atingir todo tipo de gente e não somente meninos de 12 a 18 anos.

O segundo motivo tem um nome estranho: imersão. Em outras palavras, a capacidade dos jogos atuais de fazer o consumidor se sentir imerso no jogo.
Assim como um bom livro, os jogos sempre tiveram esta capacidade, mas as novas gerações estão levando a imersão a um novo patamar. Os gráficos são impressionantes e o poder de processamento dos novos videogames chega a ser duas mil vezes mais poderoso que um computador de última geração de cinco anos atrás. Tal poder permite não somente realizar cenas complexas mas também uma simulação da física mais avançada, com explosões, gravidade, impactos outros efeitos muito mais realistas.


Através de controles como o do Wii (o novo console da Nintendo) ou da captura da câmera do PS3, é possível controlar o jogo usando movimentos das mãos do jogador. No Second Life - ou outros jogos do mesmo estilo - o personagem que conversa com você no jogo é uma pessoa real e não apenas um pedaço de software. Não existe dúvida que por todas estas questões, alguns jogos irão prender mais a atenção do consumidor que outras mídias, e por isso, quando falamos de imersão, estamos também falando de aumentar a interação do consumidor com a marca e o retorno de uma ação de marketing. Este segundo motivo pode parecer menos importante, mas quem leu meus posts sobre a questão de audiência e impacto conhece minha opinião. Em tempos de consumidores multi tarefa, jogos têm um diferencial importante.


O terceiro e último bom motivo são os jogos online, que tomaram volume nos últimos anos e que vão crescer brutalmente nos próximos. Isso porque os 3 players da nova geração de consoles (Nintendo, Sony e Microsoft) darão atenção especial ao mercado online.

Trabalhar com jogos online tem várias vantagens:

Agilidade:
não é necessário inserir campanhas nos CDs e DVDs dos jogos, onde a atualização é inviável e cuja distribuição atinge lugares com leis e públicos diferentes.

Segmentação: se os jogadores estão logados, é viável realizar uma ação para um determinado público, seja por localização, tipo de jogo, hora, faixa etária, sexo e qualquer outra informação proveniente de cadastro ou outros indicadores de comportamento dos jogadores.

Ações pontuais:
facilita a introdução de campanhas por um período específico e em ações específicas, não tendo que gravar sua marca em um pacote fechado como um jogo de prateleira.

Mensurar:
poderemos medir os resultados com uma riqueza, precisão e velocidade incrível, assim como conseguimos fazer hoje com ações na web.

A hora é agora, antes que o mundo dos jogos seja invadido por uma enxurrada de propaganda e alguém tente implementar o Cidade Limpa no mundo virtual.

Ricardo Cavalini

2 comentários:

Anônimo disse...

eu acho super legal isso, justamente pela imersão e quantidade de tempo que as pessoas passam jogando. Só acho que no Brasil falta a cultura de fazer jogos,e empresas que os fazem, tendo isso o mercado publicitário nesse segmento tende a crescer por aqui....Essa realidade ainda eu vejo apenas para agências grandes e para marcas grandes.

Anônimo disse...

detalhe esse sistema de física desse novo jogo do Star Wars é FANTÁSTICO.