A matéria de capa da revista Wired deste mês é a 'Snack Culture' - veja aqui. Trata da oferta e do consumo de conteúdo de entretenimento, cultura e informação em pequenas frações, absorvidas sem compromisso e sem culpa, de maneira rápida.
A proposta é simples e tem um benefício econômico implícito para o consumidor - se você só gosta de um determinado seriado de TV, por que assinar todo o canal? Se gosta de uma música do cd, por que levá-lo inteiro?
A matéria também aponta como um mesmo produto cultural pode se transformar em muitas fontes distintas de receita ao ser fatiado dentro dos preceitos da 'snack culture'. Um cd que no mundo físico seria um único produto ou talvez dois (o 'ao vivo' e o 'em estúdio', ou um com faixas bônus), pode se transformar em mais de 400 produtos comercializáveis, entre faixas para download, streaming, ringtones e muito mais.
As implicações deste consumo superficial vêm sendo alvo de estudos e críticas. No entanto, cada vez mais torna-se uma realidade. A combinação de conteúdo de qualidade comercializado em pequenas porções a um baixo custo unitário, distribuído a custo zero pela internet é bombástica. O iTunes é exemplo claro disto. Cresce exponencialmente.
Acredito que o lançamento do AppleTV (que sai logo, logo nos EUA) marque mais do que a chegada de um 'media center'. Minha avaliação é de que possa ser um agente de transformação capaz de mudar hábitos de consumo televisivo à medida em que coloca o conteúdo 'snack' baixado do iTunes (seriados, vídeos, filmes, músicas) disponível na TV de casa. Se a Apple vai conseguir repetir ou nao o sucesso do iPod é difícil de prever mas sem dúvida este é um movimento a ser acompanhado de perto.
Por Paula Rizzo
Fonte: Blue Bus
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