Os Conselhos Superior de Tecnologia da Informação e Assuntos Comunitários, ambos da Fecomercio, promoveram a palestra “Inclusão Digital a Serviço da Cidadania”. O evento abordou as ações e projetos desenvolvidos nesta área, demonstrando a preocupação do empresariado paulista com o tema. Participaram da discussão o secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, Sidney Beraldo, o coordenador estadual do programa Acessa São Paulo, Antonio Carlos de Oliveira, e a coordenadora de equipe do Instituto Ayrton Senna, Adriana Martinelli, além do presidente do Conselho Superior de Tecnologia da Informação, Renato Opice Blum.
Na ocasião, o secretário de Gestão Pública apresentou o programa Acessa São Paulo, que tem por objetivo a inclusão digital de comunidades carentes do estado de São Paulo. Lançado há sete anos, o programa está presente em mais de 330 municípios e a conta com cerca de 26 milhões de atendimentos. A expectativa é que até 2010 o programa seja implantado nas 645 cidades do estado. “É muito mais do que inclusão digital, é um programa de inclusão social. Atendemos mais de 1 milhão de usuários, dos quais 59% são jovens de 15 a 24 anos e 68,3% têm renda familiar de um a quatro salários mínimos, é o que chamamos de uma população com uma maior vulnerabilidade social”, afirma Beraldo.
Os participantes também tiveram a oportunidade de conhecer os projetos desenvolvidos pelo Instituto Ayrton Senna nas áreas de educação e tecnologia, que visa promover um processo de aprendizagem voltado ao desenvolvimento humano utilizando as tecnologias de informação e comunicação de forma criativa e inovadora. Segundo a coordenadora de equipe, Adriana Martinelli, a visão de inclusão digital no instituto vai além de aprender a tecnologia. “O nosso conceito de inclusão digital é que é preciso usar a tecnologia para aprender, para melhorar de vida. Para isso, precisamos de treinamento, mas a base principal é o processo educacional”, afirma Martinelli.
O Instituto Ayrton Senna conta com dois programas já consolidados nesta área - “Sua Escola a 2000 por Hora” e o “Comunidade Conectada” - e um projeto piloto. Criado em 1999, em parceria com a Microsoft, o primeiro visa a aplicação da tecnologia dentro da sala de aula, através do uso de computadores nas atividades do dia-a-dia dos alunos. Já o “Comunidade Conectada” foi lançado em 2006 e promove a inclusão digital nos centros de tecnologias espalhados em alguns estados brasileiros. Nele, jovens e adultos participam de cursos e aprendem a utilizar o computador e internet. “O conjunto de atividades promovidas nos Centros possibilita o desenvolvimento de competências fundamentais para se encarar com sucesso o competitivo mundo do trabalho”, comenta a coordenadora do Instituto. Em fase de desenvolvimento, o terceiro programa do Instituto, o “Aprendizagem para Um”, é realizado em conjunto com o governo Federal e disponibiliza computadores individuais para alunos da rede pública.
Fonte: Adnews
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