25 de set. de 2007

Prestes a dobrar base de canções, iMúsica vê futuro da música no celular

Prestes a dobrar o número de músicas disponíveis para venda na internet, o serviço online iMúsica, da holding IdeiasNet, vê como o celular como um veículo para o futuro da venda de música digital no Brasil.

"O ideal é a assinatura por celular", afirma Felipe Llerena, diretor-executivo do iMúsica, destacando, em primeiro lugar, o barateamento da transmissão de dados pelas redes telefônicas que operadoras deverão promover.

"Com celulares mais potentes, a assinatura de dados por parte das será commodity barato, o que torna o mais lógico o modelo de venda de canções pelo celular", diz o executivo, explicando que a venda móvel será complementada por arquivos gratuitos oferecidos no desktop, algo conhecido no setor como "dual delivery”.

Para Llerena, a tendência é reflexo direto não apenas da sociedade econômica brasileira, onde o modelo de assinatura mensal teria muito mais sucesso que a venda por música, como também do perfil do usuário brasileiro, com sua fixação por telefones celulares e conteúdos móveis.

Segundo a análise mais recente da Anatel, referente ao mês de agosto, existem 110,92 milhões de assinantes de telefonia celular no Brasil, o que corresponde 66% da população brasileira.

"O celular é uma loja que funciona 24 horas por dia. O brasileiro esquece a carteira, mas não celular. Soma-se a isto que a venda pelo celular não exige cartão, já que a cobrança é feita pela operadora", afirma o executivo, destacando outra vantagem do cenário.

A integração entre operadoras e lojas de música online também facilita o que Llerena chama de "combos" - ao comprar uma música, o usuário ganha um ringtone - o que pode atrair ainda mais leigos para as compras digitais.

"Este é o modelo como tendência futura para o Brasil. Mas sabemos que ainda existe resistência por parte dos provedores de conteúdo no Brasil", afirma, vago, prevendo ainda anos até a oficialização da tendência.

Ainda bastante prematuro, o modelo de venda de músicas no celular deverá ser explorado pela própria iMúsica em parceria com a Nokia e com a América Móvil, responsável pela operadora Claro no Brasil, em uma loja de músicas acessível por modelos da fabricantes finlandesa.

Enquanto o modelo não passa de discussão, Llerena revela que o iMúsica, responsável por abastecer e administrar as lojas virtuais de 18 parceiros, está prestes a dobrar o número de canções disponíveis para venda graças ao catálogo de grandes gravadoras.

Até o final do ano, diz ele, serão cerca de 1 milhão de arquivos vendidos no Brasil - o serviço começou o ano com um catálogo composto de cerca de metade deste número, segundo o executivo - em razão da digitalização de obras antigas que as grandes majors estão promovendo em seus acervos.

Fonte: IDG Now!

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