Uma adolescente de 16 anos, chamada Sofia, ganha um celular dos pais e começa a registrar o seu cotidiano com a câmera do aparelho. É o ponto de partida de 'Diário de Sofia', novela teen produzida pela empresa Aitec Brasil para ser veiculada em telefones móveis. No total serão 21 episódios com dois minutos de duração cada e que poderão ser baixados pelos usuários através do portal de conteúdo das operadoras Tim, Oi, Vivo e Claro, a partir da próxima segunda-feira, 12. Os capítulos serão disponibilizados sempre nas segundas, nas quartas e nas sextas de novembro e de dezembro.
Diário de Sofia é a primeira série audiovisual brasileira a experimentar um formato comercial para telefonia móvel. O modelo de parceria entre a Aitec e as operadoras é de divisão de lucros (revenue share) com a comercialização dos episódios. Cada download deverá custar em torno de R$ 3, variando de acordo com o plano de cada operadora. O tempo para baixar um episódio - de 900 kbites - deverá oscilar entre dois e três minutos.
"Esperamos obter 100 mil downloads nesta primeira temporada da novela", afirma o diretor executivo da Aitec Brasil, Luis Ochôa, ainda conservador com a meta. A expectativa cautelosa se deve ao próprio contexto no qual o produto estréia no mercado. Segundo informações levantadas pela empresa junto às operadoras, apenas 7% dos celulares do público nacional são compatíveis com a tecnologia que possibilita baixar e assistir ao conteúdo. Além disso, ainda é novo o hábito de pagar para consumir um produto audiovisual nos celulares.
Porém, os executivos acreditam que o conteúdo fará sucesso entre os adolescentes das classes A e B. A maioria destes jovens consumidores já tem contato com aparelhos de última geração e tem facilidade para baixar conteúdo no telefone. Não é à toa que o próprio enredo da novela foi feito para que se estabeleça uma identificação com este público. Sofia é uma adolescente de classe média, moradora do bairro dos Jardins, em São Paulo, e que vive constantes dilemas próprios do seu dia-a-dia. É inclusive por conta destes dilemas que se dá a interatividade com o conteúdo. Ao final de cada episódio, o público poderá escolher entre dois caminhos que a protagonista deve tomar e ver o seu resultado no próximo episódio.
Até agora não existem patrocinadores envolvidos na produção, que foi toda financiada com recursos da própria Aitec. Os 21 capítulos e as estratégias de divulgação da série - ainda não definidas - consumirão um investimento total de R$ 750 mil. A produção é feita a partir de uma parceria entre a Aitec e a produtora carioca Milagro, com direção de Carol Agabiti.
Por mais que o roteiro e os atores sejam todos nacionais, o formato do conteúdo foi importado de Portugal. O projeto originalmente foi criado pela empresa beActive, pertencente ao grupo empresarial Aitec, de origem portuguesa. Com atuação em diferentes países, a Aitec já trabalha com o mesmo formato em países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Fonte: MM Online
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