Em seis dias em que o Exército ocupa comunidades para garantir a segurança da eleição do Rio, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) já recolheu mais de sete toneladas de propaganda irregular de candidatos. A afirmação é do chefe da fiscalização do Tribunal, Luiz Fernando Santa Brígida.
Segundo ele, grande parte do material apreendido foi colocado no comércio, em postes e nas fachadas dos prédios, em comunidades da Zona Oeste - Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Sapo, Taquaral, Coréia e Vila Aliança - e no conjunto de favelas da Maré. A penalidade para os candidatos que descumprem as normas do TRE é multa e todo o material apreendido é levado para a reciclagem.
Para tirar dúvidas dos eleitores, o TRE colocou à disposição da população um serviço de atendimento pelos telefones (21) 2212-4600 e (21) 2212-4650. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.
Atendimento médico e odontológico
No balanço que faz sobre a ocupação, o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel André Luís Novaes, garante que nenhum incidente aconteceu desde o início da Operação Guanabara.
Médicos e dentistas do Exército darão, nesta terça-feira (16), atendimento gratuito à comunidade na Favela do Sapo, em Realengo. O serviço vai ser disponibilizado a partir das 10h, na Praça Cacilda.
Ocupação será mantida no 2º turno
A operação será mantida num eventual segundo turno e haverá um esquema especial para o dia do pleito. A informação foi confirmada na segunda-feira (15) pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Roberto Wider, que deixa o cargo após dois anos à frente do tribunal.
"O planejamento, desde o início, foi de manter a ocupação em caso de segundo turno. Até lá poderemos fazer algumas modificações, já que estamos fazendo isso pela primeira vez. Mas a idéia é manter e montar um esquema especial para o dia da eleição', afirmou.
Candidatos com ficha suja
O desembargador Roberto Wider, que defendeu a impugnação de candidatos com "ficha suja", proposta que não foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral, disse que participou de uma reunião do colégio de presidentes dos tribunais, na semana passada, e ouviu dos colegas que em muitos municípios existem candidatos respondendo por algum delito.
“Foi dramático ouvir depoimentos dos presidentes dizendo que têm casos semelhantes.É um absurdo que pessoas que querem fazer parte de um processo legislativo, executivo, comecem violando as leis. São casos que estão se repetindo nessa eleição, muitos candidatos com vários crimes nas costas. Mas abriu o debate nos meios políticos. Pelo empenho de todos acredito que essa bandeira pela moralidade para o exercício do mandato eletivo não será abandonada”, acrescentou.
Via: G1
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