8 de out. de 2008

Quem acha que o Google vai dominar o mundo?

A parceria entre Google e Yahoo! em termos de publicidade online ganha cada vez mais adversários. Além da discordância de grandes anunciantes, sob o pretexto de monopolização do setor, o acordo sofre ainda com a investigação do Departamento de Justiça dos EUA, sob acusação de práticas de antitruste.

A questão serve de base para a nova enquete do Adnews: Para você, o Google vai dominar o mundo? (Vote na página).

Em linhas gerais, o sentimento mundial é de medo frente ao poder do Google e as conseqüências disso. Essencialmente, associações do ramo publicitário temem que a parceira eleve os preços de anúncios vinculados às buscas por meio do modelo de leilões, proposto pelo Google.

A empresa se defende dizendo que os próprios anunciantes definiriam o preço, como de praxe num leilão. Entretanto, as marcas reclamam pelo fato de o Google definir lances mínimos para a participação dos anunciantes.

O domínio no setor é evidente. Em julho, por exemplo, a companhia respondeu por 62% das buscas na internet realizadas nos EUA. O Yahoo! foi o segundo colocado com 20%, segundo números da consultoria ComScore.

"O Google e o Yahoo alegam que operam por leilões", disse Robert Liodice, presidente da Associação Nacional dos Anunciantes norte-americanos. "Muitos de nossos integrantes não necessariamente acreditam que se trate de verdadeiros leilões", disse em entrevista ao jornal Thew New York Times.

A associação ganhou apoio de um grupo mundial de jornais que também condenou o acordo e pediu que a ação seja bloqueada. Outros grupos espalhados mundo afora também foram contrários, mas não chegaram a exigir o bloqueio.

Entretanto, nem todos são contrários. Algumas marcas e agências consideram a junção positiva pélo fato de tornar o Yahoo! mais forte na concorrência com o Google, o que tornaria o segundo colocado do mercado mais acessível. "Nós certamente desejamos que exista concorrência. E também deixamos claro ao Google que queremos que os algoritmos que eles usam sejam maistransparentes", disse David Kenny, sócio responsável pela publicidade da VivaKi, a divisão de mídia digital da Publicis Groupe, um dos gigantes da publicidade.

Preocupados em esclarecer a parceria, Google e Yahoo criaram sites com explicações sobre o assunto. Porém, o argumento não convenceu a Associação Nacional dos Anunciantes dos EUA. Segundo Liodice, entre um grupo de 30 anunciantes, apenas um deles mostrou indecisão sobre a idéia de combater a junção, sinal de que a cúpula não mudou de opinião.

A revisão sobre o acordo será finalizada antes do final deste mês.


Via: Adnews

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